domingo, 24 de janeiro de 2010

Marina critica uso da máquina pública na antecipação da campanha eleitoral


A senadora Marina Silva (PV-AC), pré-candidata à Presidência, disse ontem que a máquina pública está sendo usada para antecipar a campanha eleitoral. Em função disso, admitiu que tem se colocado de forma mais contundente no processo pré-eleitoral.

“Houve uma antecipação da campanha, e fica difícil para os demais não se colocarem, pelo menos, na pré-campanha. Então, quando alguém antecipa a campanha não pode exigir que os outros fiquem sentados”, afirmou, no Rio, onde gravou os programas eleitorais gratuitos do PV.

Ela alfinetou as inaugurações que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vêm fazendo pelo país, carregando a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a tiracolo. “Como sou alguém que não tem estrutura, e se tivesse dentro da máquina pública não iria usá-la, como sinto que em determinados momentos vem sendo usado, prefiro ser bem cuidadosa em relação a esse processo porque devemos observar as questões legais”, disse.

Marina defendeu uma disputa política em cima de propostas, com olhar para o futuro, sem que haja um “acerto de contas entre os dois passados”, em referência aos governos do PT e do PSDB. Para ela, a tendência é que o debate entre os pré-candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, governador José Serra (SP), seja concentrado na comparação entre os governos FHC e Lula.

“Queremos encontrar o caminho do debate, e não o embate pelo embate, e discutir os desafios para o país, e apontar os novos rumos para o futuro. Que a gente não fique num acerto de contas entre os dois passados, que eu acho que é a tendência de Dilma e Serra”, observou.

A senadora frisou que não pretende atacar seus adversários a qualquer custo. Ressaltando a biografia dos pré-candidatos - Dilma, Serra e Ciro Gomes (PSB) - Marina revelou ter a expectativa de que se crie uma “nova qualidade política” nas eleições presidenciais deste ano. “Não vou fazer um discurso a qualquer custo, a qualquer preço contra o Serra, contra a Dilma ou contra o Ciro. Acho que a gente revela aquilo que a gente é também no trato com os adversários”, disse.

Sobre a falta de acordo com o PSOL, que não vai se coligar nacionalmente com o PV, Marina disse que já havia dificuldade de se fechar a aliança, devido a diferenças entre os dois partidos. Coordenador da campanha de Marina, o vereador pelo Rio, Alfredo Sirkis, disse que já esperava esse desfecho.

“Havia negociação em curso, mas nunca acreditei que pudesse dar certo pela distância da visão programática. Existem elementos que nos aproximam, mas há muita coisa que nos afasta. Vamos continuar dialogando, e poderá haver alianças locais”, afirmou.

Um comentário:

  1. É... estamos sendo manipulados. Sempre fomos, enquanto povo brasileiro.
    O fator fantasma de sempre, desde os anos primórdios... a imprensa - mídia.

    ResponderExcluir