segunda-feira, 26 de abril de 2010

Assembleia aprova projeto de lei que proíbe uso das 'pulseiras do sexo'


O plenário da Assembléia Legislativa aprovou hoje (26) - com o voto contrário do deputado Max Barros (DEM) - projeto de lei de autoria da deputada Eliziane Gama (PPS), proibindo a venda e a comercialização das chamadas “pulseiras do sexo” em todo o Estado do Maranhão.

Para Eliziane, a aprovação do projeto aconteceu em boa hora. “Essas “pulseirinhas do sexo” são utilizadas por adultos que induzem adolescentes e crianças a usá-las e, em troca, se aproveitam com atos de pedofilia e de prostituição infantil”, afirmou.

Segundo a deputada – que parabenizou os colegas pela aprovação de seu projeto – a proibição das “pulseiras do sexo” já é uma realidade nos estados do Pará, Paraná e Rio de Janeiro, onde o uso dos acessórios foi barrado dentro de todas as escolas públicas.

“Temos, a cada cinco horas, registro de casos de pedofilia no Maranhão. As maternidades Marly Sarney e Materno Infantil estão recebendo um grande número de meninas de 12 anos de idade grávidas. A proibição dessas pulseiras inibe a evolução deste triste quadro”, disse a deputada Eliziane.

Por outro lado, o deputado Max Barros esclareceu seu voto foi contrário ao projeto, porque entende que as crianças e adolescentes devem ser orientadas a respeito dos problemas decorrentes do uso das chamadas ‘pulseiras do sexo’. “Sou a favor da prevenção”, disse Max Barros.

Depois de aprovado em plenário, projeto segue para apreciação da governadora Roseana Sarney (PMDB), que pode sancioná-lo ou vetá-lo. Por sua vez, a maioria dos deputados acha que a proibição do uso e da comercialização das “pulseiras do sexo” foi muito oportuna.

AS PULSEIRAS E O SEXO

À primeira vista, uma colorida pulseira de plástico nos pulsos de crianças parece inocente.

Mas na realidade elas são um código para as suas experiências sexuais, onde cada cor significa um grau de intimidade, desde um abraço até ao sexo propriamente dito.

Poderia confundir-se com mais uma daquelas modas que pega, uma vez que é usado por milhares em várias escolas primárias e preparatórias no Reino Unido e custam apenas uns centavos em qualquer banca ao virar da esquina.

Mas as diferentes cores das ditas pulseiras de plástico – preto, azul, vermelho, cor-de-rosa, roxo, laranja, amarelo, verde e dourado – mostra até que ponto os jovens estão dispostos a ir, se proporcionar, desde dar um beijo até fazer sexo.

Andam uns atrás dos outros nos recreios das escolas, na tentativa de rebentar uma das pulseiras. Quem a usava terá de “oferecer” o ato físico a que corresponde à cor. É o “último grito” do comportamento promíscuo que sugere, cada vez mais, que a inocência da infância pertence a um passado distante.

Quase tão chocante como as “festas arco-íris” – encontros com muito álcool e droga à mistura, em que as meninas usam batons de cores diferentes para deixar a “marca” nos rapazes após o sexo oral -, as “pulseiras do sexo”, que custam apenas um euro (um pacote com várias), têm um custo maior que foge ao alcance de muitos pais.

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