segunda-feira, 26 de abril de 2010
A rosa e o tucano
Por: Jackson Lago
(Publicado no JP dia 24 de abril de 2010)
O ato que rememorou o primeiro aniversário do golpe judiciá rio que me depôs e que foi realizado na sexta-feira da semana passada, na Assembleia Legislativa, incomodou profundamente a oligarquia beneficiária do golpe que, irritada, pôs-se a divulgar nos meios de comunicação uma suposta divisão das forças democráticas do Maranhão.
Uma primeira resposta a essas mentiras foi o próprio ato, que uniu militantes de diversos partidos oposicionistas e nomes de expressão das forças anti-oligárquicas maranhenses como o ex-governador José Reinaldo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares, o ministro Edson Vidigal, o ex-governador Luiz Porto, entre outros.
No domingo, um artigo do deputado federal Roberto Rocha, presidente do PSDB maranhense, repôs a verdade dos fatos, de forma clara e avassaladora. Sob o título de O Tucano e a Rosa, o parlamentar analisa a confluência de idéias entre o PDT e o PSDB do Maranhão, dois partidos de firme identidade anti-oligárquica e que têm, seguidas vezes, se unido para enfrentar o adversário comum, responsável pelo atraso do Estado.
O objetivo comum que vem nos unindo permanece. Trata-se de pôr um fim ao mando do grupo que é o obstáculo maior ao desenvolvimento econômico-social e da democracia em nosso Estado, apesar de na época de seus estertores precisar se basear em decisões obtidas no “tapetão” e se escorar em manobras de bastidores junto ao poder federal.
As eleições de 2010 ocorrerão ainda sob o signo do poder oligárquico no Maranhão, apesar de no restante do País esta ser uma página virada na História. É uma situação que nos envergonha a todos, mas que se sustenta em oposição à vontade da maioria da população, que aguarda com ansiedade o momento de derrotar novamente o grupo dominante.
As divergências que existem entre as forças democráticas do Maranhão - concordo com a análise de Roberto - são quanto a forma de derrotar o poder oligárquico. O que é melhor: termos dois ou mais candidatos na área oposicionista ou partirmos unidos desde o primeiro turno? A resposta a esta questão, inclusive, pode depender menos da vontade de cada um de nós e mais das manobras que a oligarquia vem engendrando.
Uma coisa é certa: temos que estar à altura do momento que se aproxima e das expectativas que a população tem sobre todos nós. E isso significa que a rosa e o tucano estarão numa mesma trincheira, combatendo o bom combate e unidos no projeto de construção de um Maranhão livre, solidário, democrático e progressista.
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