presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), afirmou que o grupo Sarney é intolerante no que se refere a ideias divergentes. Segundo o parlamentar, esse comportamento é ultrapassado e antidemocrático.
A afirmação de Tavares surgiu em aparte ao discurso do também deputado Edivaldo Holanda (PTC). Na oportunidade, Holanda pedia a aprovação de requerimento para que a Casa constituísse moção de desagravo ao Sindicato dos Bancários devido ao episódio ocorrido durante o lançamento do livro “Honoráveis Bandidos”, em que um grupo invadiu o recinto e entrou em confronto com várias pessoas.
Vários deputados alinhados ao governo disseram ser contrários à moção muito embora Edivaldo Holanda tenha por reiteradas vezes dito que o documento seria de apoio ao Sindicato dos Bancários, pelos prejuízos ocorridos e não contra o grupo de apoio ao governo do Estado.
Neste momento Tavares manifestou-se. “O que me entristece é o que está acontecendo após esse episódio do lançamento do livro e, independente do que é tratado naquele livro, para todos nós do Maranhão, eu acho que existe uma única palavra que traduz com perfeição ao que nós estamos assistindo hoje, deputado Edivaldo, e essa palavra é intolerância. É o desrespeito ao contraditório, é o desrespeito à democracia”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa.
“O presidente Sarney comanda um grupo com mão de ferro, e os seus seguidores aqui do Maranhão, ou parte deles, não aceita as opiniões divergentes. E isso é intolerância. Todos nós, e todos eles, só temos mandatos porque nós vivemos regimes de tolerância, um regime democrático, um regime onde as forças, as vontades e as opiniões divergentes têm livre trânsito, têm a capacidade de percorrer todos os cantos do país”, acrescentou.
Marcelo Tavares reforçou a crítica a esse tipo de comportamento, principalmente no Legislativo estadual. “O que nós vemos nada mais é do que intolerância. Acho que isso realmente tem que entristecer esta Casa, o povo maranhense e todos nós, porque viver no ambiente democrático, onde as opiniões têm que ser censuradas é uma falácia. Então, não há uma democracia sem parlamento livre, e existe democracia sem opiniões livres? Eu acho que não. Então, as palavras são bonitas e têm que ser seguidas pela prática”, finalizou. (Da Agência Assembleia)
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