Quem achava que o ano 2006 marcado pela perda do comando do Maranhão era o pior para a família Sarney, nem de longe imaginava o que vem acontecendo neste 2009.
De um lado o Senador José Sarney (PMDB/AP) ainda presidente do Senado Federal , enfrente a maior crise da história da instituição. É alvo de denúncias de várias espécies: Pagamento de modormo com salário de 12 mil reais para servir a sua filha, a governadora Roseana Sinhá; parentes empregados em gabinetes da qual nunca pisaram e agora o suspeita de desvio de verbas da Fundação José Sarney. O senador enfrentará nos próximos dias o conselho de ética do Senado.
Se não bastasse tudo que vem acontecendo ao chefe do clã, o filho Fernando Sarney foi indicado pela polícia federal pela pratica de vários crimes, dentre eles: formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
O empresário Fernando Sarney chegou a ter sua prisão preventiva solicitada, mais foi negada pelo juiz que analisou o pedido. A investigação se arrastava desde 2007 e somente agora começou a ter desfecho. Fernando, ou Fefé como é chamado pelos amigos, é o responsável por tocar os negócios da família, incluindo o sistema mirante de comunicação.
Num passado não muito distante, jamais se imaginou que um membro da família Sarney pudesse ser investigado e tampouco indiciado. Por várias vezes a família esnobou o Ministério Público e a Polícia Federal, acreditavam que o prestígio de José Sarney era suficiente para manter a família acima de qualquer investigação. Para surpresa da família, uma equipe de delegados federais se deslocou para São Luís somente para ouvir os indiciados.
Um fato muito curioso é a explicação da defesa, segundo o renomado advogado Eduardo Ferrão, o indiciamento é “meramente subjetivo”, na verdade o nobre advogado esqueceu de explicar que o indiciamento significa que os delegados que apuram o caso estão convencidos que houve crimes e que Fernando é o autor destes.
Pai e filho enfrentam um dos piores momentos com final imprevisível. Só duas certezas imperam neste momento: Sarney sairá com sua biografia manchada, aliás destroçada e Fernando ainda que escape da condenação, terá muito a explicar para a justiça.
Sorte que os tempos mudaram, porque em outros tempos estes delegados sequer passariam do aeroporto Cunha Machado.
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