domingo, 28 de fevereiro de 2010
"The Economist" aponta Sarney como exemplo de impunidade
Revista inglesa diz que diante de escândalos, como o da Lunus, a prisão de Arruda é “exemplar”
Reportagem na edição desta semana da revista inglesa “The Economist” – uma das mais conceituadas do mundo – denuncia casos de corrupção e impunidade na política brasileira, citando como exemplo o caso Lunus, ocorrido em março de 2002 no Maranhão.
A revista aponta o senador José Sarney como exemplo de impunidade no Brasil e considera a prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, “incomum em um país onde políticos acusados de corrupção frequentemente nada perdem além de seus mandatos ou sua dignidade – e ainda assim parecem voltar rapidamente”.
“The Economist” mostra as fotos do R$ 1,5 milhão encontrado em 2002 no comitê de campanha da então pré-candidata à Presidência da República, Roseana Sarney para dizer que, com frequência, imagens revelam escândalos envolvendo políticos, dinheiro e corrupção. Mas que as filmagens em Brasília tiveram um fim surpreendente – a prisão.
Em julho de 2009, a longa lista de escândalos do Senado brasileiro chegou às páginas da revista britânica. Com o título de “Casa de Horrores” (“House of horrors”), a The Economist enfocou o escândalo dos atos secretos, a residência milionária (R$ 4 milhões) omitida pelo presidente José Sarney da Justiça Eleitoral, os negócios no crédito consignado de seu neto José Adriano Sarney, dentro da Casa, além da farra das passagens aéreas e a casa de R$ 5 milhões não declarada à Receita Federal pelo ex-diretor Agaciel Maia.
Com o irônico subtítulo “O que os parlamentares britânicos podem aprender com os senadores brasileiros” - por conta de recentes escândalos na Inglaterra em que deputados foram pegos usando dinheiro público para pagar contas particulares -, a reportagem citou que havia 10 mil servidores para tomar conta de apenas 81 senadores, que o plano de saúde dos parlamentares é gratuito e vitalício e que os auxílios-moradia são generosos. Sarney, na reportagem, é apontado como um “sobrevivente”.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário